Ao ouvirmos as palavras “arte” e “budismo” em uma mesma frase, dificilmente uma obra ocidental é a primeira a vir à mente. Isso não chega a surpreender, pois as tradições estéticas asiáticas, quando ligadas ao Dharma, são de uma riqueza iconográfica e simbólica embasbacantes. Contudo, alguns exemplos da arte européia, mesmo que esparsos no tempo e espaço, são dignos de admiração como legítimos instrumentos de difusão dos ensinamentos do Buddha. O livro “Siddharta”, de Herman Hesse, é um exemplo notório. Outro trabalho ocidental, este no campo das artes plásticas, deve ser resgatado e devidamente contemplado como uma prova viva do potencial universal da mensagem budista.
O quadro “O Buddha”, de Odilon Redon (1840-1916), causou forte impacto no mundo das artes. Pintado em 1905, com pastel sobre papel, representou o ápice da proposta estética revolucionária do pintor francês. Sua linguagem visual bastante original, que veio a ser vinculada à escola simbolista, representou um forte golpe no academicismo europeu.
A afinidade entre a proposta artística ousada de Redon e a filosofia budista, acabou se mostrando um desdobramento natural. Os traços nebulosos, as cores inebriantes e o caráter onírico de sua obra, vieram a confrontar o materialismo ocidental, de origem cartesiana, se alinhando em perfeita harmonia à noção budista da inanidade, shunyata em sânscrito. “O Buddha” é o trabalho síntese desta concepção de mundo de Redon. Um visionário, em suma, que como todos os homens à frente de seu tempo, sofreu com a incompreensão de seus contemporâneos.
O quadro “O Buddha”, de Odilon Redon (1840-1916), causou forte impacto no mundo das artes. Pintado em 1905, com pastel sobre papel, representou o ápice da proposta estética revolucionária do pintor francês. Sua linguagem visual bastante original, que veio a ser vinculada à escola simbolista, representou um forte golpe no academicismo europeu.
A afinidade entre a proposta artística ousada de Redon e a filosofia budista, acabou se mostrando um desdobramento natural. Os traços nebulosos, as cores inebriantes e o caráter onírico de sua obra, vieram a confrontar o materialismo ocidental, de origem cartesiana, se alinhando em perfeita harmonia à noção budista da inanidade, shunyata em sânscrito. “O Buddha” é o trabalho síntese desta concepção de mundo de Redon. Um visionário, em suma, que como todos os homens à frente de seu tempo, sofreu com a incompreensão de seus contemporâneos.
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