segunda-feira, 6 de julho de 2009

S.S. o Dalai Lama comemora 70 anos

Hoje, dia 6 de julho, é uma dia muito especial para os tibetanos. Há exatos 70 anos nascia no nordeste do Tenzin Gyatso. Dois anos depois, o menino pobre, filho de agricultores, seria reconhecido como a encarnação do 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso.

Tenzin se tornou então o 14º Dalai Lama, líder temporal e espiritual do povo tibetano. Oito anos após a invasão chinesa, foi forçado a deixar seu país natal durante levante duramente reprimido por Pequim.

Desde então vive no exílio na cidade indiana de Dharamsala, onde acontece até sexta-feira, segundo a BBC, festejos para celebrar seu aniversário. Contudo, o vencedor do Nobel vem mostrando crescente preocupação em relação aos abusos sofridos pelo povo tibetano. A situação vem se tornando cada vez mais crítica com a furiosa violência do governo chinês. Resta a nós agradecer pela saúde da encarnação de Chenrezig, o Bodhisattva da Compaixão, e orar por uma vida ainda mais longa. Nesse momento de dor o povo tibetano precisa mais do que nunca da sua compaixão.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Thangka: a sagrada arte da terra das neves

Thangka é o nome dado à pintura religiosa tibetana. Trata-se de um estilo artístico muito particular, onde mandalas, divindades e figuras históricas são representadas de maneira altamente delicada e sofisticada. Na realidade, as reproduções impressionam pela fidelidade, sendo cada quadro exatamente igual ao outro. Tal perfeição das cópias é atingida através de rigorosos esquemas de proporções geométricas. Além de garantir um padrão estético, esse rigor técnico serve ainda para simbolizar o conceito de harmonia budista.

Outro aspecto fundamental desta arte é o uso de cores. A riqueza cromática das gravuras impressiona, mas não deve ser interpretada apenas no plano da estética. Na verdade, a principal função das cores no thangka é simbólica. Nada é gratuito na arte tibetana, cada elemento gráfico, por mais sutil que seja, tem um valor alegórico forte. Não só as cores são usadas para transmitir conceitos, como posição de corpo e mãos, instrumentos, objetos, animais, etc.



Essa técnica, que tem suas origens históricas no reinado de Songtsen Gampo, no século VIII, recebeu influência tanto da arte chinesa quanto indiana no decorrer dos anos. As pinturas são sempre feitas sobre tecido de algodão com tintas a base de água, coradas com pigmentos orgânicos e minerais fixados com goma

Quem estiver interessado em ter uma obra destas em casa, o site de Nick Dudka é uma boa pedida. Nele podemos ter uma boa idéia da riqueza desta arte, além de descobrir um pouco mais sobre o panteão tibetano. Vale ainda dar uma conferida no trabalho de Tiffani Gyatso. A paulistana, de 28 anos, foi a primeira estrangeira a estudar a arte de thangka no Instituto Norbulingka, em Daramsala, na Índia. Ela ensina a técnica em diversos lugares do Brasil e, no momento, vem se dedicando a pintura do templo Caminho do Meio, em Viamão-RS.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mudra da semana: Abhaya-mudra

Abhaya-mudra
O gesto da proteção ou destemor; a mão direita fica erguida e com os dedos levantados. Associado à benevolência do buddha Shakyamuni, que domou um elefante selvagem com este gesto. Também é o gesto do dhyani-buddha Amoghasiddhi. (Fonte: dharmanet)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dharma ajuda Yuka a recuparar a alegria

Ex-Rappa, Marcelo Yuka se tornou conhecido após ter ficado paraplégico ao ser baleado em assalto, em 2001. Ele se tornou, então, voz estridente na luta contra a violência urbana. Nesses anos de militância, Yuka passou a ser reconhecido por sua postura combativa. Contudo, suas últimas declarações acabaram causando surpresa a quem o via com uma figura amargurada.

Yuka revelou ao O Globo uma atitude nova, alegre e positiva. Quem estava acostumado a vê-lo severo, no noticiário policial, não deixou de se surpreender com a matéria de Raphael Berrêdo. O músico esbanja bom humor, ao falar de sua nova empreitada como DJ. Essa mudança, ele atribui ao budismo. A descoberta do dharma teria sido crucial em sua recuperação. “Há seis anos eu não pensaria em passar um tempo discotecando, por exemplo. O budismo e a meditação melhoraram muito minha maneira de lidar com os problemas,” afirma Yuka.

É possível depreender de suas declarações grande coerência com o budismo. Seu apresso pelo equilíbrio emocional e sua postura serena indicam um bom entendimento do caminho do meio. “Não deixei de ser aguerrido, enfrento tudo que sempre me determinei, mas por outro lado a meditação me deu uma maneira mais positiva de enfrentar a vida. Hoje vejo mais beleza nas coisas, até nos murros em ponta de faca que sou obrigado a dar,” esclarece.

São palavras inspiradoras que revelam o caráter prático do budismo. O músico não está menos engajado em sua luta, apenas consegue, agora, enxergar a existência samsárica com mais clareza. Sua vida se tornou mais leve e lúcida com a prática ensinada pelo Buddha. Em suma, uma experiência que pode nos servir de exemplo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mudra da semana: Buddha-shramana-mudra

Buddha-shramana-mudra
O gesto da renúncia de Buddha, da eliminação do apego. Semelhante ao abhaya-mudra, mas a mão direita fica sobre o joelho ao invés de erguida. Kashyapa, o sexto buddha, que atingiu a iluminação sobre uma árvore banyan, é representado fazendo este gesto. (fonte: dharmanet)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Projeto Maitréia: amor-bondade por 1000 anos

Com o falecimento de Lama Yeshe, em 1984, Lama Zopa Rimpoche se viu diante de um grande desafio: dar continuidade aos projetos de seu mestre. Ele assumiu, então, não só o comando da FPMT, como, também, o controle de uma empreitada ambiciosa: o Projeto Maitréia.

A idéia é construir em Kushinagar, no norte da Índia, uma monumental estátua de bronze – cerca de 152 metros – de Maitréia, que significa amor-bondade em Sanskrito, o próximo Buddha. Segundo palavras de Yeshe, esta deverá ser uma fonte de inspiração para todo o planeta, servindo como símbolo de paz e compaixão por, pelo menos, 1000 anos. O local não foi escolhido por acaso, pois foi justamente lá que o Buddha Shakyamuni faleceu, há mais de 2500 anos.

Todavia, o projeto vai muito além da edificação do monumento religioso. Um dos principais objetivos é o desenvolvimento da região e, para tal, foi elaborado um amplo plano de ação. Ele inclui a construção de salas, museus, bibliotecas, teatros, além de hotéis; tudo dentro de uma cuidadosa concepção paisagística.

O que chama mais atenção, no entanto, é o caráter social do empreendimento, que não só prevê a construção de um grande hospital público, como já proporciona educação gratuita, e de qualidade, para cerca de 500 crianças, em Bodigaia, no estado indiano de Bihar, o lugar da iluminação do Buddha histórico. Não ficaram de fora ações tendo em vista a preservação ambiental e todo o planejamento foi concebido dentro dos parâmetros do desenvolvimento sustentável



Segundo dados oficiais, a empreitada deve custar, no total, mais US$ 250 milhões, gerando, somente durante a fase de construção, mais de 1000 empregos diretos. Para levantar recursos, o projeto conta com uma complexa rede mundial de arrecadação. A maior parte da receita é oriunda de donativos de pessoas físicas, mas há, ainda, forte participação de empresas multinacionais.

Mais informações no site oficial do projeto: http://www.maitreyaproject.org/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mudra da semana: Dharma-chakra-mudra

Dharma-chakra-mudra
O gesto da roda do Dharma; ambas as mãos fazendo o gesto anterior. Este gesto é associado ao ensinamento de buddha Shakyamuni, ao futuro buddha Maitreya e, às vezes, é utilizado em representações do dhyani-buddha Vairochana. Este gesto também é usado para representar o terceiro buddha, Vishvabhu, que atingiu a iluminação sob uma árvore sala. (fonte: dharmanet)