quarta-feira, 1 de julho de 2009

Thangka: a sagrada arte da terra das neves

Thangka é o nome dado à pintura religiosa tibetana. Trata-se de um estilo artístico muito particular, onde mandalas, divindades e figuras históricas são representadas de maneira altamente delicada e sofisticada. Na realidade, as reproduções impressionam pela fidelidade, sendo cada quadro exatamente igual ao outro. Tal perfeição das cópias é atingida através de rigorosos esquemas de proporções geométricas. Além de garantir um padrão estético, esse rigor técnico serve ainda para simbolizar o conceito de harmonia budista.

Outro aspecto fundamental desta arte é o uso de cores. A riqueza cromática das gravuras impressiona, mas não deve ser interpretada apenas no plano da estética. Na verdade, a principal função das cores no thangka é simbólica. Nada é gratuito na arte tibetana, cada elemento gráfico, por mais sutil que seja, tem um valor alegórico forte. Não só as cores são usadas para transmitir conceitos, como posição de corpo e mãos, instrumentos, objetos, animais, etc.



Essa técnica, que tem suas origens históricas no reinado de Songtsen Gampo, no século VIII, recebeu influência tanto da arte chinesa quanto indiana no decorrer dos anos. As pinturas são sempre feitas sobre tecido de algodão com tintas a base de água, coradas com pigmentos orgânicos e minerais fixados com goma

Quem estiver interessado em ter uma obra destas em casa, o site de Nick Dudka é uma boa pedida. Nele podemos ter uma boa idéia da riqueza desta arte, além de descobrir um pouco mais sobre o panteão tibetano. Vale ainda dar uma conferida no trabalho de Tiffani Gyatso. A paulistana, de 28 anos, foi a primeira estrangeira a estudar a arte de thangka no Instituto Norbulingka, em Daramsala, na Índia. Ela ensina a técnica em diversos lugares do Brasil e, no momento, vem se dedicando a pintura do templo Caminho do Meio, em Viamão-RS.

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