domingo, 31 de maio de 2009

Mudras

Em um primeiro contato com o Budismo Tibetano, o que chama mais atenção do observador ocidental é justamente sua impressionante riqueza iconográfica e ritualística. Contudo, o olhar desfamiliarizado, entregue à perspectiva do exótico, dificilmente é capaz de compreender o real significado destas práticas milenares.

É preciso, acima de tudo, ter em mente o papel crucial desempenhado pela linguagem alegórica nas escolas Mahayana. Um exemplo claro desta tendência são os mudras, gestos simbólicos associados aos Buddhas. São posicionamentos de mão, muito comuns em rituais, que têm uma função especial na tradição Vajrayana: fazer oferendas e criar uma conexão mística como o Tathãgata, que é invocado com a repetição dos mantras.

Após muito garimpar, achei o vídeo abaixo, onde mudras menos conhecidos são ensinados de forma muito clara e simples. Ele é raro justamente por ser ensinado em inglês, já que a esmagadora maioria dos vídeos sobre o tema são falados em línguas orientais, como o mandarim e o japonês.



A partir de hoje, o blog Gelug contará com uma nova seção. A cada semana, uma explicação de um mudra importante, com imagem ilustrativa, será postada. Assim, o leitor se tornará, gradativamente, capaz de fazer uma leitura um pouco mais profunda da iconografia e ritualística budista.

Um comentário:

  1. Semana passada, aconteceu uma coisa que me deixou muito, muito nervosa. Eu fiquei com taquicardia, pensamentos descontrolados, enfim, meio fora de órbita. Como não estava conseguindo me acalmar com nada, nem mantras, nem orações, nem pensamentos do tipo, que besteira, não vale à pena e etc., resolvi buscar um mudra para acalmar. Encontrei dois na verdade, mas um deles teve um efeito imediato, o Chinmaya Mudra. Foi só fazer que eu me acalmei quase instantaneamente. Acalma a mente e estabiliza as emoções. Com as mãos em punho, toque o dedo indicador com o polegar, formando um círculo. Descanse as mãos nos joelhos. Parabens pelo blog.

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